segunda-feira, 2 de março de 2009

Utopia da Comunicação

Na minha humilde opinião sim, pois tal como a própria definição de utopia diz: "ideia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente". Não existe o mundo perfeito, a sociedade que satisfaz todas as pessoas que dela fazem parte. Há milhares de anos que o ser humano que se debate com a mesma questão, os interesses individuais que permitem aperfeiçoar a nossa forma de estar na vida, mas se repararem, passaram-se milhares de anos desde que o homem começou a comunicar e a viver em sociedade, foram alcançados feitos espantosos na área da comunicação e das relações interpessoais, quebradas barreiras linguísticas e culturais, mas infelizmente, nem estes desenvolvimentos conseguiram ultrapassar o cerne da questão, eles próprios acabam por servir como meio de vencer batalhas de forma pouco dignificante. Talvez a sociedade deva ser assim, talvez seja uma forma de existir equilíbrio, na medida em que nada é perfeito, mas pode ser corrigido, aperfeiçoado, existindo sempre diferenças…

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Evolução da Comunicação/ Educação

A Tecnologia Educativa é vista como uma forma sistemática de conceber, realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem. A melhor forma de compreender a Avaliação e Tecnologia Educativa é através da evolução das TIC, pois permite perceber a interacção entre o Homem e a comunicação.
As tecnologias de informação e comunicação permitem não só a transmissão de conhecimentos entre emissor e receptor, mas também melhoram a capacidade comunicacional entre as sociedades.
Na evolução e desenvolvimento das TIC destacam-se cinco configurações comunicativas: comunicação interpessoal, de elite, de massas, individual e em ambiente virtual. Cada uma das configurações deu o seu contributo para reorganizar a relação do Homem com o mundo e ao nível educativo permitem evoluir da educação familiar até às comunidades de aprendizagem. Assim sendo cada configuração complementa a anterior.
Inicialmente a comunicação era interpessoal, ou seja, o Homem expressava-se através de gestos e da voz, não se apoiando em tecnologias. Esta configuração implicava que todos os intervenientes partilhassem o mesmo espaço. Posteriormente o Homem sentiu necessidade de por em papel o que lhe ia na imaginação e surgiu então a comunicação de elite. A introdução da escrita provocou alterações radicais na comunicação, pois o emissor e o receptor deixaram de estar no mesmo espaço e a mensagem era descodificada segundo o sentido que se dava às palavras e à forma como se organizava o discurso. A linguagem exigia um conhecimento especial, não estando ao alcance de todos, por isso se chamava comunicação de elite, só alguns dominavam a escrita e a oralidade. Só mais tarde se intensificaram os esforços para a escolarização de todos.
Posteriormente surgem os media, que identificam a passagem a outra configuração. Assim sendo, e contrariamente ao que acontecia na comunicação na comunicação de elite, neste caso o número de receptores passou a ser elevado. A partir séc. XIX emergem uma série de invenções como telegrafo, o telefone, a radiofonia, cinema e televisão. A comunicação em massa teve o seu segundo momento no aparecimento das telecomunicações e das imagens electrónicas. A palavra e o som passaram a ser transmitidos à distância (com o telefone e o telegrafo eléctrico).
Mais tarde (1895) surgiu a primeira sessão de cinema. As cópias dos filmes permitiam que estes fossem vistos em diversos lugares e por muitas pessoas em simultâneo. Desta forma o cinema integrou-se na comunicação de massa.
Em 1986 surgiu o rádio, que ultrapassava todas as distâncias e permitia que as pessoas analfabetas também recebessem a mensagem. Por fim apareceu a televisão (1923), esta será por ventura a forma de comunicação que mais se incluiu na vida das sociedades fazendo parte dos seus hábitos e estilos de vida, actuando de acordo com os hábitos culturais de cada um. A comunicação em massa engloba todas as invenções na comunicação desde a impressão (livro e jornal) às tecnológicas (cinema, rádio e televisão). A emissão de mensagens é feita por profissionais escritores, jornalistas…
No entanto aparece ainda uma nova configuração comunicativa (comunicação individual), que engloba a chegada, dos circuitos integrados e dos microprocessadores. Depois da fotografia, do magnetofone, da máquina de escrever, aparece o computador e a videografia. Esta última permite a criação de mensagens audiovisuais que podem ter diversos fins (recreativos, artísticos…). Porém o computador acaba por caracterizar esta nova configuração. A comunicação individual permite que a pessoa passe de espectador a emissor e processador de informação. Estes equipamentos interligados, dão origem às redes informáticas. Surge então uma nova configuração comunicativa (em ambiente virtual). As tecnologias tem evoluído com o passar do tempo, permitindo ao indivíduo melhorar, aprofundar e partilhar os seus conhecimentos. O conceito de rede caracteriza esta configuração, pois reflecte um universo comunicativo interligado. A noção de virtual associa-se à capacidade do Homem visualizar e manipular informação. Uma das vantagens do uso desta tecnologia é a mobilidade, pois permitem aceder a vários ficheiros sem sair do mesmo espaço.
A Internet surge então como o melhor exemplo da rede de base, funcionando como base para as relações interpessoais, extinguindo o individualismo da sociedade de massas. A evolução das TIC tem desempenhado um importante papel na sociedade actual, as novas tecnologias adequam-se às vontades dos cidadãos, à mobilidade do espaço comunicativo do indivíduo e da cidade comunitária.
As evoluções tecnológicas reflectem-se também na estrutura educativa, que acompanhou as transformações na comunicação. Também a família exerce um papel fundamental na educação, pois é através dela que a criança aprende a sua cultura e retira parte dos seus saberes para a vida. A escola permite o uso da linguagem e o aperfeiçoamento da escrita. O seu conceito aparece na sociedade como o lugar onde se adquire saber, onde se constrói a personalidade e onde se aprende a viver em sociedade. Também a escola tem de acompanhar a transformação e evolução tecnológica.
A introdução dos meios de comunicação de massa levou à instituição da escola paralela. Inicialmente surge um movimento de substituição da escola por Ivan Illich que criticava a institucionalização da escola, posteriormente aparece o movimento de concorrência entre a escola e os média, mais tarde por La Borderie o movimento de complementaridade, que lamenta a escola paralela, pois defende que os alunos podem adquirir conhecimentos fora das escolas, a educação deve ser permanente quer por parte da família, do ambiente e dos média, assim a escola não deve ser vivida em concorrência mas em complementaridade. Na escola paralela o principal aspecto é que a escola deixou de ser a única fonte de transmissão de saber, o professor passou a estar mais liberto de transmitir só informação exercendo uma função mais formativa.
Com esta evolução aparecem as comunidades de aprendizagem, onde alunos e professores interagem com outras escolas e com outras pessoas, com motivações comuns e partilhando os projectos de cada escolar. Esta comunidade permite ao aluno adquirir um vasto conhecimento, isto é, este processo de ensino aprendizagem centra-se no aluno pela interacção directa com os conteúdos, pela participação activa nas pesquisas e exploração de informação, pelo estabelecimento de uma relação directa com os criadores do conhecimento, pelo confronto e repartição da diversidade de interpretações na comunidade do saber e pelo apoio tutorial facultado ao aluno no desempenho de uma tarefa complexa. Assim, é importante que o ensino abra as portas às novas tecnologias para assim poder melhorar a vida dos alunos e dos professores e tornar o processo ensino aprendizagem mais motivador e interessante, é necessário reconhecer e adoptar a mudança e a implementação das TIC nas estruturas educativas.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Epistemologia da Comunicação - Conceitos centrais

Na escola E.B. 1 Nº 1 o tema da aula de hoje era “Os 5 sentidos”. Comecei por definir um por um os sentidos (Informação) enquanto os alunos, calados, tentavam assimilar a informação, até que me apercebi, pelas suas caras que não estavam a “captar” todos os dados pois era demasiada informação e toda ela demasiado cientifica para as suas idades (Entropia). Foi então que, apoiando-os com ilustrações alusivas, lhes pedi para exemplificarem à medida que íamos definindo cada um dos sentidos (Comunicação). Mas como devem imaginar, dificilmente 21 alunos conseguem estar sossegados e participar ordeiramente (Ruído) em então via-me obrigado a repetir por diversas vezes as definições de cada um dos sentidos e de diversas formas (Redundância) de maneira a que eles conseguissem compreender.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Pessoal, vamos lá! Tudo o que vos vier à cabeça pode ser tema de conversa!!!